Projeto Villa Sanhauá é apresentado ao MPPB
22 de março de 2016 |
Aprovado pelo Iphan, Iphaep, Caixa Econômica Federal, Cagepa e Energisa, o projeto Villa Sanhauá, que visa revitalizar e ocupar os Casarões da Rua João Suassuna, localizados no Centro Histórico de João Pessoa, foi apresentado na manhã desta segunda-feira (21) ao 2º Promotor do Meio Ambiente e Patrimônio Social, João Geraldo Barbosa. A reunião aconteceu no auditório da sede das Promotorias, na Capital. De acordo com a secretária da Habitação Social de João Pessoa, Socorro Gadelha, a previsão é de que as obras tenham início dentro de 45 dias e se encerrem em dezembro.
“Infelizmente não pudemos estar presente mas ficamos felizes em saber que a iniciativa finalmente parece que sairá do papel. É bom saber que esse conjunto de casario, muito significativo para o patrimônio histórico, vai ser revitalizado e com uso habitacional, que é fundamental para a requalificação da vitalidade urbana”, destacou o presidente do CAU/PB, Cristiano Rolim.
O projeto foi apresentado pelo diretor de Planejamento de Programas Habitacionais da Secretaria, Pascal Machado. Estiveram presentes no encontro participantes do corpo técnico do órgão e representantes da Caixa Econômica Federal e do Iphaep. “Tudo que é para a recuperação, conservação, melhoria e manutenção do patrimônio histórico e cultural é muito bem aceito pela Segunda Promotoria, desde que atendidas a legalidade e todas as normatizações técnicas. Quanto à normatização técnica, o Iphaep e o Iphan, já deram a aprovação do projeto que hoje está sendo apresentado pela Secretaria de Habitação do Município”, comentou o promotor João Geraldo.
Ele enfatizou que a implantação do projeto é de grande importância para a área, uma vez que as intervenções vão possibilitar a maior ocupação do Centro, nas proximidades do Varadouro. Demonstrando preocupação com a perda total do que resta hoje dos Casarões da Rua João Suassuna, o promotor salientou que as obras vão permitir a manutenção da memória dos imóveis, mesmo com algumas inovações que serão implantadas e que fogem às características inicias das casas. “Não adianta, em determinadas situações, tentar trazer de volta uma recuperação daquilo que não tem nenhum material, serviria apenas como um falso histórico”, observou o representante do Ministério Público.
João Geraldo informou ter apenas uma ressalva, a de que os contratos devem conter uma cláusula de reversibilidade, para garantir o compromisso dos proprietários em manter a conservação das edificações, que permanecerão tombadas.
Para a secretária Socorro Gadelha, a iniciativa de reabilitar os Casarões vai levar sustentabilidade para o Centro Histórico, porque só comércio torna o ambiente insustentável, segundo ela.
“O prefeito Luciano Cartaxo está levando vários investimentos para o Centro Histórico. A Casa da Pólvora, o Hotel Globo, os Casarões agora e a Lagoa, que vai ser entregue em junho”, apontou Socorro, valorizando as ações da gestão municipal no sentido de melhorar a valorização do lugar onde nasceu a cidade.
A Villa Sanhauá é um empreendimento misto com 17 apartamentos residenciais, seis pontos comerciais e um institucional. As unidades habitacionais terão área de 39,93 m² (um quarto) e 73,41 m² (dois quartos). A equipe técnica da Prefeitura teve o cuidado de, junto com Iphan e Iphaep, encontrar medidas para garantir ventilação e iluminação natural nas edificações. Também criaram alternativas para melhorar a mobilidade dos moradores e demais ocupantes do local, como a construção de passagens interligando os imóveis, o alargamento de calçadas e a criação de um estacionamento na Praça 15 de Novembro.
Os interessados em adquirir um apartamento no Villa Sanhuá devem procurar mais informações na Secretaria de Habitação do Município. As unidades estão sendo financiadas pela Caixa Econômica através do Minha Casa, Minha Vida 2 – faixa 2 (renda de R$ 2.350 e R$ 3.600).
Com informações da Revista Edificar