Outubro Rosa – Prevenir é a melhor forma de se cuidar!
5 de outubro de 2022 |
Neste mês de outubro de 2022, o CAU Paraíba alerta para a prevenção ao câncer de mama, destacando que “Prevenir é a melhor forma de se cuidar”. O movimento conhecido como “Outubro Rosa” nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de promover a conscientização sobre a doença e compartilhar informações sobre o câncer de mama.
Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados à doença, que no Brasil é o tipo de câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para o ano de 2022 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).
As mulheres devem observar os seguintes fatores:
Fatores ambientais:
• Obesidade, principalmente após a menopausa;
• Sedentarismo (não fazer exercícios);
• Sobrepeso;
• Consumo de bebida alcoólica;
• Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).
Fatores hormonais:
• Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos;
• Não ter tido filhos;
• Primeira gravidez após os 30 anos;
• Não ter amamentado;
• Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
• Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
Fatores genéticos:
• História familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos;
• Alteração genética; A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.
Amamentação, prática de atividade física e alimentação saudável com a manutenção do peso corporal são fatores de proteção e estão associados a um menor risco de desenvolver a doença.
Detecção precoce – É importante que as mulheres, independentemente da idade, conheçam seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Ao identificarem alterações suspeitas, devem procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação profissional.
Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que a mulher faça exames de rotina de acordo com a sua idade. Esses exames podem ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas.
No Brasil, as orientações para detecção precoce do câncer de mama são:
– Mulheres de 40 a 49 anos: Realizar o exame clínico das mamas anualmente.
– Mulheres de 50 a 69 anos: Realizar exame clínico das mamas anualmente e mamografia a cada dois anos.
– Mulheres com risco elevado para câncer de mama (caso na família de câncer de mama masculino; ter parente de primeiro grau [mãe, irmã, filha] que teve câncer de mama antes dos 50 anos; parente com câncer de mama bilateral (nas duas mamas) ou no ovário, em qualquer idade) Conversar com o seu médico para avaliação do risco e decidir a conduta a ser adotada.
Quais os benefícios e riscos da mamografia? Antes dos 50 anos, as mamas são mais firmes e têm menos gordura (mamas densas), o que torna a mamografia limitada para identificar alterações. Por este motivo, quando o exame é realizado antes da faixa etária recomendada, pode trazer alguns riscos.
No entanto, a mamografia de rastreamento pode trazer riscos para mulheres de todas as faixas etárias, como:
– Resultados incorretos: suspeita de câncer de mama, que requer outros exames, sem que se confirme a doença (esse alarme falso gera ansiedade e estresse) ou resultado normal, quando existe o câncer (esse erro gera falsa segurança à mulher).
– Ser diagnosticada e tratada, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama,) quimioterapia e radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida: isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama, ou no caso de pacientes acima de 70 anos.
– Exposição aos Raios X: raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição. Em caso de resultado alterado no exame clínico das mamas, a mamografia é indicada e, neste caso, ela é considerada “mamografia diagnóstica”.
Com informações do INCA.