Dia do Orgulho LGBTQIA+: empatia e respeito!
28 de junho de 2021 |
Neste 28 de junho é celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Paraíba (CAU/PB) destaca a importância da data, criada para conscientizar a todos sobre o combate ao preconceito e à homofobia. O orgulho LGBT+ é o conceito segundo o qual lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e, por vezes, outros grupos tipicamente ligados à comunidade LGBT, como pessoas intersexo, devem ter orgulho de quem são e da identidade que possuem.
Na gestão 2021-2023, o CAU/PB possui pela primeira vez um presidente gay. Eduardo Nóbrega, arquiteto e urbanista e professor, destacou a importância dessa representatividade dentro do Conselho. “Falar sobre o orgulho LGBTQIA+ no dia de hoje é falar sobre resistência, sobre a identidade da honra de uma pessoa, a identidade do direito de ir e vir, a identidade do direito à cidade. É extremamente necessário abordarmos esse dia porque enquanto profissionais de Arquitetura precisamos construir uma cidade para todos. Porque o direito à cidade é um direito de todos! Então, esse dia é um dia de orgulho da identidade, um dia de orgulho do amor entre todas as pessoas”, disse o presidente.
A Comissão Temporária de Equidade de Gênero do CAU/BR divulgou recentemente o 1º Diagnóstico de “Gênero na Arquitetura e Urbanismo”. O documento, que traz um levantamento respondido por 987 profissionais, sendo 767 mulheres e 208 homens, sinaliza a urgência de se efetivar políticas e ações que primem pela igualdade em todas as instâncias da Arquitetura e Urbanismo.
Com relação aos arquitetos e às arquitetas e urbanistas LGBTQIA+, a pesquisa mostrou que 16% dos/das respondentes declarou-se homossexual. No grupo dos homens, esse percentual corresponde em aproximadamente 1 a cada 4 profissionais. Estima-se que os percentuais de profissionais LGBT+ sejam provavelmente maiores aos levantados, considerando que muitas pessoas preferem não revelar sua orientação sexual ou transexualidade.
Uma pesquisa sobre a matéria promovida pela revista britânica Architect’s Journal, mostra que o ambiente de obras é o local onde os arquitetos e as arquitetas LGBTQIA+ têm mais receio em assumir a sua orientação sexual e que o cenário da homofobia na profissão se intensificou nos últimos anos no Reino Unido.
O diagnóstico do CAU/BR aponta que as mulheres são também um grupo mais frágil na população LGBTQIA+, considerando que elas se sentem menos seguras na região onde moram. Em comparação aos homens cisgênero heterossexuais, elas se sentem duas vezes mais inseguras nas suas casas e bairros. Diversos profissionais relataram ainda situações de homofobia ou discriminação na prática.
O CAU/PB reforça que todas as pessoas são livres para serem quem são e amar quem desejarem com todos os seus direitos garantidos. Somos à favor de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero e da orientação sexual.