Presidente do CAU/PB defende que é hora de repensar o modelo de ocupação de João Pessoa
8 de setembro de 2015 |
Em matéria de capa publicada no último domingo (06), no Jornal da Paraíba, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Paraíba (CAU/PB), Cristiano Rolim, defendeu que é hora de repensar o modelo de ocupação de João Pessoa. O arquiteto destacou que a cidade foi pensada para lotes e para carros e que o Código de Urbanismo e os demais instrumentos feitos para que a cidade se desenvolvesse com planejamento estão mais focados nas propriedades particulares do que na valorização e uso dos espaços de uso comunitário.
“Houve um desmonte do planejamento urbano no Brasil e as cidades cresceram muito. Em João Pessoa não foi diferente. Todo o Código de Urbanismo está voltado para legislar sobre o lote, a propriedade particular, e a gente perdeu o controle dos espaços públicos. Temos as áreas de ocupação irregular, como lotes de rios, encostas, áreas verdes da cidade, e uma pressão do mercado imobiliário muito forte para dar resposta a essa necessidade de habitação da população. E aí o espaço público acabou relegado”, explicou Cristiano Rolim.
De acordo com a matéria, diante do crescimento urbano desordenado e sem planejamento, as intervenções feitas na infraestrutura da cidade, como alargamentos de vias, construções de viadutos e dragagens de rios são medidas paleativas. “Para Cristiano Rolim, falta à Capital projetos que integrem espaços urbanos e áreas ambientais que promovam o lazer e o bem-estar dos moradores”, destacou a repórter Katiana Ramos, na publicação.
“A gente ainda não tem para João Pessoa um planejamento total integrado dessas áreas verdes associadas a questões de mobilidade, de transporte público. Acho que está na hora de parar um pouco para repensar que modelo de cidade é esse que se quer construir e se a gente quer perpetuar essa maneira de ocupação da cidade, em que primeiro se estabelece uma vocação imobiliária de uma região e depois corre-se atrás para dotar aquela área de infraestrutura, como aconteceu com o Altiplano”, disse Cristiano Rolim.
Na matéria, o presidente do CAU/PB falou ainda sobe o desafio da mobilidade urbana. “Até mesmo caminhar ficou mais difícil nessa cidade. A gente não tem uma legislação que determine a qualidade das calçadas, que pense na possibilidade da bicicleta como um meio de transporte efetivo e não tivemos um programa voltado para o transporte público. A gente vê uma cidade com as ruas feitas para o transporte de automóvel e esse modelo está saturado”, afirmou Cristiano Rolim.
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